No pacato município de Matias Olímpio, no Piauí, o enredo das obras inacabadas ganha mais um episódio digno de um roteiro de comédia trágica. Desta vez, o espetáculo é proporcionado pela recuperação dos 6.950 metros de estrada vicinal que ligam os povoados Ladeira Vermelha e São José ‘Duvidosa’. Com um investimento de R$ 279.147,08 e um prazo de execução de 60 dias, a promessa de transformação virou piada. A protagonista da história é a Construtora VERA CRUZ, cujo desempenho mais parece uma performance de humor involuntário, deixando claro que, em Matias Olímpio, a única coisa que avança são as promessas não cumpridas.
Ineficiência da Construtora VERA CRUZ
O Show de Horrores da Execução
A Construtora VERA CRUZ prometeu uma estrada nova em folha, mas o que entregou foi uma verdadeira obra de arte… inacabada. Se existe um prêmio para a pior execução de um projeto, a VERA CRUZ seria forte candidata. A empresa não só falhou em cumprir o prazo estipulado de 60 dias, como também conseguiu deixar a estrada em um estado que desafia as leis da engenharia. A cada buraco e desnível, a estrada parece gritar “ineficiência” e “descaso”. O projeto, inicialmente viável e esperado pela comunidade, transformou-se em uma demonstração clara de como não se deve conduzir uma obra pública.
Falta de Fiscalização
Se a VERA CRUZ merece o troféu de ineficiência, as autoridades competentes de Matias Olímpio não ficam atrás. A ausência de fiscalização adequada e a falta de medidas corretivas contribuíram para que o problema se perpetuasse. É como se todos os envolvidos tivessem decidido tirar férias coletivas. A VERA CRUZ deveria ser responsabilizada não apenas pelo atraso, mas também pela má execução dos serviços, que resultou em desperdício de recursos públicos e frustração da comunidade local. Mas, ao que parece, a responsabilidade é um conceito desconhecido para os gestores envolvidos.
A Subcontratação Ilegal
Como se não bastasse a incompetência escancarada, a VERA CRUZ ainda conseguiu se envolver em uma subcontratação ilegal. Subcontratou a empresa popularmente conhecida como “as máquinas dos filhos do seu Juarez”. Isso mesmo, contrariando a lei 14133/2021, que veda a subcontratação de pessoa física ou jurídica com vínculos com dirigentes do órgão contratante. É o tipo de história que, se fosse inventada, ninguém acreditaria. Mas em Matias Olímpio, a realidade supera a ficção.
O Absurdo da Subcontratação
A Descarada Violação da Lei
A Lei 14133/2021 é clara em seu parágrafo § 3º: subcontratação é vedada se houver qualquer vínculo com dirigentes do órgão contratante ou agentes públicos envolvidos na licitação ou fiscalização do contrato. No entanto, a VERA CRUZ decidiu que as regras são apenas sugestões e foi em frente com a subcontratação dos filhos do seu Juarez, uma decisão que faz qualquer cidadão se perguntar: “Será que eles acham que ninguém está olhando?” A ousadia em violar a lei é tão grande que parece até piada.
O Papel da SAF
Para adicionar um toque extra de absurdo, o encarregado da subcontratação ilegal é um funcionário da SAF, entidade responsável pela fiscalização. É como se colocassem a raposa para tomar conta do galinheiro. A legislação foi não apenas ignorada, mas descaradamente desrespeitada, e tudo isso sob o olhar complacente das autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da lei.
A Comunidade de São José ‘Duvidosa’
Frustração Coletiva
A comunidade de São José ‘Duvidosa’ tem mais do que motivos para desconfiar de qualquer promessa vinda da administração local. A estrada que deveria facilitar a vida dos moradores agora é símbolo de frustração e revolta. A cada dia de atraso, a cada novo buraco que surge, a paciência dos moradores se esgota. E quem pode culpá-los? Eles foram prometidos um acesso decente e receberam um exemplo de como a má gestão e a corrupção podem arruinar até os projetos mais simples.
O Impacto na Vida Diária
Para os moradores, a estrada não é apenas uma via de acesso; é uma artéria vital para a vida diária. O estado deplorável da estrada afeta desde o transporte escolar até o escoamento de produtos agrícolas. Cada viagem se transforma em uma aventura perigosa, onde o risco de danos aos veículos e acidentes é constante. A sensação de abandono é palpável, e a indignação cresce a cada dia.
A Ironia do Investimento
Dinheiro Público Jogado no Lixo
O investimento de R$ 279.147,08 deveria ter sido suficiente para transformar a estrada vicinal em um modelo de eficiência. No entanto, o que se viu foi um espetáculo de desperdício de dinheiro público. É como se cada real tivesse sido jogado fora, sem qualquer benefício real para a comunidade. A pergunta que fica é: para onde foi todo esse dinheiro? Certamente não para a melhoria da estrada.
A Perda de Confiança
Cada projeto mal executado, cada obra inacabada, contribui para a crescente desconfiança da população em relação às autoridades locais. A confiança é um recurso valioso e, uma vez perdido, é difícil de recuperar. A saga da estrada vicinal de Ladeira Vermelha a São José ‘Duvidosa’ é mais um capítulo triste na história de um município que merece muito mais do que promessas vazias e gestão incompetente.
Conclusão
A saga das obras inacabadas em Matias Olímpio, representada pela recuperação da estrada vicinal entre Ladeira Vermelha e São José ‘Duvidosa’, é um exemplo claro de descaso e má gestão. A ineficiência da Construtora VERA CRUZ, combinada com a falta de fiscalização adequada e a subcontratação ilegal, resultou em uma obra que não apenas falhou em cumprir seu propósito, mas também desperdiçou recursos públicos preciosos.
Matias Olímpio precisa de líderes que cumpram suas promessas e que coloquem os interesses da comunidade acima de tudo. Cada projeto mal executado, cada obra inacabada reforça a necessidade urgente de líderes que realmente façam a diferença.